2 de dezembro de 2020

 





Quando olhamos para a trajetória de vida dos nossos ancestrais com respeito e gratidão, contatamos com a força geracional de forma positiva e valorizamos a vida recebida. Mas se focamos apenas no sofrimento que eles vivenciaram, podemos imprimir em nossa vida um destino que perpetua a dor ou empreender uma busca desenfreada pelo prazer sem plenitude. 

Quando vejo apenas o sofrimento dos ancestrais e contato com essa dor, inconscientemente trago para o meu destino situações que remetem a sensações dolorosas, por maior que seja o esforço para fazer e ser diferente. E dessa forma deixo de olhar para a minha própria vida e o seu propósito. E na tentativa de fazer que seja diferente para os descendentes imprimimos neles crenças que supervalorizam o prazer sem compromisso e responsabilidade em detrimento da valorização da vida. Haja visto o procedimento dos jovens durante a pandemia, colocando o prazer como forma de dar sentindo à própria vida, se arriscando e colocando os demais em risco, menosprezando a vida.

Mas se reconheço e honro a trajetória de vida dos meus ancestrais, contato com a força que vem através deles, e tenho a benção para olhar o meu destino com um propósito claro, valorizando à vida recebida. Ao aceitar a força ancestral tenho a garra para transformar não só o meu destino, como também é a forma que tenho de agradecer aos que me antecederam deixando um legado mais rico para os descendentes.

Sempre que olho para os meus ancestrais e os reconheço e honro, sinto que eles ao olharem para mim, dizem que viver vale sempre a pena, desde que estejamos conectados com o amor que transforma e liberta. E sigo com confiança e fé nesse amor maior.

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário