Quando olhamos para a trajetória de vida dos nossos
ancestrais com respeito e gratidão, contatamos com a força geracional de forma
positiva e valorizamos a vida recebida. Mas se focamos apenas no sofrimento que
eles vivenciaram, podemos imprimir em nossa vida um destino que perpetua a dor ou
empreender uma busca desenfreada pelo prazer sem plenitude.
Quando vejo apenas o sofrimento dos ancestrais e contato com
essa dor, inconscientemente trago para o meu destino situações que remetem a
sensações dolorosas, por maior que seja o esforço para fazer e ser diferente. E
dessa forma deixo de olhar para a minha própria vida e o seu propósito. E na
tentativa de fazer que seja diferente para os descendentes imprimimos neles
crenças que supervalorizam o prazer sem compromisso e responsabilidade em detrimento
da valorização da vida. Haja visto o procedimento dos jovens durante a
pandemia, colocando o prazer como forma de dar sentindo à própria vida, se
arriscando e colocando os demais em risco, menosprezando a vida.
Mas se reconheço e honro a trajetória de vida dos meus
ancestrais, contato com a força que vem através deles, e tenho a benção para
olhar o meu destino com um propósito claro, valorizando à vida recebida. Ao
aceitar a força ancestral tenho a garra para transformar não só o meu destino,
como também é a forma que tenho de agradecer aos que me antecederam deixando um
legado mais rico para os descendentes.
Sempre que olho para os meus ancestrais e os reconheço e
honro, sinto que eles ao olharem para mim, dizem que viver vale sempre a pena, desde que estejamos conectados com o amor que transforma e
liberta. E sigo com confiança e fé nesse amor maior.
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