17 de dezembro de 2020

 



Há uma linha tênue envolvida em mistérios que orienta o fluxo do movimento entre o dia e a noite, a vida e a morte, o consciente e o inconsciente. 

Por mais que a ciência tenha avançado na produção de conhecimento e novas descobertas, ainda estamos imersos num vasto obscurantismo que pouco a pouco vai sendo descortinado, haja visto os estudo sobre o cosmo e o que se apresenta com relação ao buraco negro e novas galáxias; ao que ainda não se conhece sobre aspectos do corpo humano, por exemplo aspectos da funcionalidade do sistema imune, do cérebro e da memória; e como a nossa sobrevivência é afetada com as alterações dos ecossistemas que nos expõe ao contato com microrganismos que se tornam letais.

Caminhamos ignorando essa linha tênue, que mantém o equilíbrio e a harmonia para a manutenção de todas as formas de vida e a funcionalidade do universo, achando que somos os únicos que importam, e com isso pagamos um preço alto.

E quando esse equilíbrio é rompido acontece uma compensação, e esse processo pode ocasionar muito sofrimento e perdas para que a retomada da harmonia se estabeleça, estamos vivenciando um pouco disso com essa pandemia, em que precisamos objetivamente encarar a necessidade de uma reorientação de comportamento perante a vida, assumindo o nosso papel de cocriadores responsáveis e conscientes de que fazemos parte de um Todo maior, influenciando e sendo influenciado, e que não importa qual seja o lugar ou papel no sistema, todos são igualitariamente importantes para o universo, (numa engrenagem por menor que seja a peça, se ela não desempenha bem o seu papel, todo mecanismo estará comprometido).

O autocuidado é uma forma de demonstração de amor a si próprio, ao outro, ao universo e ao Todo, conscientes de que só o amor une, transforma e cura.   

 


9 de dezembro de 2020

 




Coerência é a palavra de ordem. Sendo aplicada na forma com a qual pensamos, sentimos, agimos e como nos relacionamos com tudo e todos, conscientes que as nossas atitudes individuais atuam no coletivo, interferindo no fluxo vital. E que a nossa individuação deve ser percebida no contexto coletivo, em que cada um faz parte de um todo maior, influindo e sendo influenciado, com compromisso e responsabilidade pela manutenção da vida.

Hoje temos fontes confiáveis para acessar o conhecimento de forma livre e democrática, o que nos permite tomar ciência dos avanços científicos em todas as áreas do conhecimento e com isso desenvolver um censo crítico para tomada as decisões.

E dessa forma podemos com consciência conduzir com responsabilidade e compromisso o nosso aprimoramento pessoal, no qual vamos estabelecendo uma coerência com a forma como sentimos pensamos e agimos que nos afastam da dissonância e consequente distúrbios psicossomáticos, levando a um estado de consciência da unicidade do ser, ao tempo em que também tomamos consciência de que fazemos parte de um todo maior.

E por mais que resistamos a transformação é inevitável, e de uma forma ou de outra estamos envolvidos no processo, não é fácil pois ao longo desse tempo de globalização através da explosão da lógica dos algoritmos fomos levados a pensar em ter, em detrimento do sentir e ser, e nesse momento se faz necessário resgatar o sentido da humanidade que nos difere dos outros seres e das máquinas.

Vamos buscar ter a coerência do sentir, pensar e agir para que na presença do Eu Sou possamos entrar em contato com a humanidade e a divindade que habita em nós.  


2 de dezembro de 2020

 





Quando olhamos para a trajetória de vida dos nossos ancestrais com respeito e gratidão, contatamos com a força geracional de forma positiva e valorizamos a vida recebida. Mas se focamos apenas no sofrimento que eles vivenciaram, podemos imprimir em nossa vida um destino que perpetua a dor ou empreender uma busca desenfreada pelo prazer sem plenitude. 

Quando vejo apenas o sofrimento dos ancestrais e contato com essa dor, inconscientemente trago para o meu destino situações que remetem a sensações dolorosas, por maior que seja o esforço para fazer e ser diferente. E dessa forma deixo de olhar para a minha própria vida e o seu propósito. E na tentativa de fazer que seja diferente para os descendentes imprimimos neles crenças que supervalorizam o prazer sem compromisso e responsabilidade em detrimento da valorização da vida. Haja visto o procedimento dos jovens durante a pandemia, colocando o prazer como forma de dar sentindo à própria vida, se arriscando e colocando os demais em risco, menosprezando a vida.

Mas se reconheço e honro a trajetória de vida dos meus ancestrais, contato com a força que vem através deles, e tenho a benção para olhar o meu destino com um propósito claro, valorizando à vida recebida. Ao aceitar a força ancestral tenho a garra para transformar não só o meu destino, como também é a forma que tenho de agradecer aos que me antecederam deixando um legado mais rico para os descendentes.

Sempre que olho para os meus ancestrais e os reconheço e honro, sinto que eles ao olharem para mim, dizem que viver vale sempre a pena, desde que estejamos conectados com o amor que transforma e liberta. E sigo com confiança e fé nesse amor maior.