Há uma linha tênue envolvida em mistérios que orienta o
fluxo do movimento entre o dia e a noite, a vida e a morte, o consciente e o
inconsciente.
Por mais que a ciência tenha avançado na produção de
conhecimento e novas descobertas, ainda estamos imersos num vasto obscurantismo
que pouco a pouco vai sendo descortinado, haja visto os estudo sobre o cosmo e
o que se apresenta com relação ao buraco negro e novas galáxias; ao que ainda não
se conhece sobre aspectos do corpo humano, por exemplo aspectos da
funcionalidade do sistema imune, do cérebro e da memória; e como a nossa
sobrevivência é afetada com as alterações dos ecossistemas que nos expõe ao
contato com microrganismos que se tornam letais.
Caminhamos ignorando essa linha tênue, que mantém o
equilíbrio e a harmonia para a manutenção de todas as formas de vida e a
funcionalidade do universo, achando que somos os únicos que importam, e com
isso pagamos um preço alto.
E quando esse equilíbrio é rompido acontece uma compensação,
e esse processo pode ocasionar muito sofrimento e perdas para que a retomada da
harmonia se estabeleça, estamos vivenciando um pouco disso com essa pandemia,
em que precisamos objetivamente encarar a necessidade de uma reorientação de
comportamento perante a vida, assumindo o nosso papel de cocriadores responsáveis
e conscientes de que fazemos parte de um Todo maior, influenciando e sendo
influenciado, e que não importa qual seja o lugar ou papel no sistema, todos
são igualitariamente importantes para o universo, (numa engrenagem por menor
que seja a peça, se ela não desempenha bem o seu papel, todo mecanismo estará
comprometido).
O autocuidado é uma forma de demonstração de amor a si
próprio, ao outro, ao universo e ao Todo, conscientes de que só o amor une,
transforma e cura.
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